No episódio 67 do podcast Papo Copero, tivemos a honra de receber Luís Mário, o carismático e talentoso jogador conhecido como Papa Léguas. A conversa foi um mergulho profundo na trajetória do ex-atleta, repleta de insights sobre sua carreira e suas experiências no futebol. Se você perdeu a entrevista, aqui estão alguns dos principais destaques e reflexões que o Papa Léguas compartilhou conosco.
1. A Chegada ao Grêmio e a Transição do Corinthians
Luís Mário iniciou sua jornada falando sobre sua chegada ao Grêmio, após uma passagem marcante pelo Corinthians. Ele relembrou:
“Eu fui vendido do Mogi Mirim para o Corinthians e cheguei em um momento glorioso, logo após o título brasileiro de 1999 e o Mundial. Apesar de ter aprendido muito no Corinthians, o espaço no time titular era limitado, e foi por isso que eu busquei uma nova oportunidade.”
Foi a busca por mais tempo de jogo que o levou ao Grêmio, onde sua carreira ganhou novos rumos:
“Quando eu cheguei no Grêmio, o Paulo Nunes havia sido vendido e o Tite me pediu para integrar a equipe. Minha passagem foi breve, mas extremamente marcante. Fiquei apenas dois anos e meio, mas ganhei títulos e vivi momentos inesquecíveis.”
2. O Impacto no Grêmio e o Apelido de Papa Léguas
Um dos momentos mais emocionantes da entrevista foi quando Luís Mário falou sobre seu impacto no Grêmio e como ganhou o apelido de Papa Léguas:
“Eu me lembro de como o Tite viu meu potencial e decidiu me posicionar como atacante. Foi um ajuste que fez toda a diferença. O apelido de Papa Léguas surgiu porque eu era rápido e meus companheiros sempre brincavam com isso.”
3. A Frustração na Libertadores de 2002
A conversa também abordou a frustrante eliminação do Grêmio na Libertadores de 2002, um episódio que deixou marcas profundas:
“Naquela Libertadores, enfrentamos um grande desafio. Perdemos nos pênaltis após uma série de decisões questionáveis. Foi um episódio doloroso, e eu sempre brinco com os amigos que, se tivéssemos avançado, talvez a minha história no Grêmio fosse ainda mais gloriosa.”
4. Comparações com Ronaldinho Gaúcho
Um ponto interessante foi a comparação que Luís Mário fez entre ele e Ronaldinho Gaúcho, que também teve sua trajetória marcada pelo Grêmio:
“Fui frequentemente comparado ao Ronaldinho, o que era uma pressão enorme. Deixei claro desde o início que, apesar de vestir a mesma camisa número 10, não tinha a mesma genialidade dele. Mas eu sabia que poderia contribuir à minha maneira.”
5. Reflexões Sobre a Copa do Brasil e o Futuro
Por fim, Luís Mário refletiu sobre o sucesso do time na Copa do Brasil e a influência desse grupo no futebol brasileiro:
“A conquista da Copa do Brasil foi especial. O time era extremamente técnico e bem treinado. Muitos dos jogadores que estiveram conosco depois foram para a seleção, e o Grêmio teve um papel crucial em moldar o futebol nacional.”
Anedotas e Reflexões Pessoais
Luís Mário também compartilhou algumas histórias pessoais e reflexões sobre o futebol atual:
“Eu falei para ele: ‘Ô meu, não tem problema, não tô te incomodando não, fica tranquilo.’ Aí ele respondeu: ‘Pô, eu jogava contigo no PlayStation.’ Eu falei: ‘Pô, valeu, cara, isso é um grande elogio! Obrigado mesmo. Vou te pagar um almoço, é o mínimo que eu posso fazer por você.’ Falei: ‘Se todo mundo que jogasse comigo no PlayStation pagasse minha bolsa, eu tava feito.'”
Ele também lembrou de momentos marcantes de sua carreira:
“Lembrei de uma coisa engraçada: quando eu tinha 17 anos, o RP me colocava de ponta e eu atropelava todo mundo. Eu era rápido, tipo um foguete, e passava por 40 pessoas assim. Eu jogava com o Grêmio no PlayStation, achava o Luiz Mário o melhor do Grêmio. Quando os caras falavam que jogavam comigo, eu achava o máximo, me sentia grandão.”
Sobre Roger, um ex-colega e atual técnico, Luís Mário comentou:
“Eu já imaginava que ele seria um grande técnico um dia. No Novo Hamburgo, ele foi meu último treinador e eu sabia que ele ia se destacar. O trabalho dele em campo foi excelente, um dos melhores que já vi. Mas, sinceramente, acho que a decisão de sair do Juventude foi arriscada. Sou gremista, e embora o time do Inter tenha suas qualidades, ele parece mais passivo.”
Ele também expressou suas opiniões sobre o Grêmio e outras equipes:
“Eu vi que a mudança do Gustavo Nunes do Grêmio para o Atlético Mineiro foi uma decisão financeira. O Grêmio precisava de dinheiro e trouxe jogadores para reforçar o time. O Gustavo é jovem, e talvez, se o Grêmio estivesse em melhor situação financeira, ele não teria sido vendido. Mas a necessidade de dinheiro falou mais alto.”
“Sobre as contratações, eu gostei dos três novos jogadores. O Renato deve dar uma chance para o menino Monsalve, que é um bom jogador. No jogo contra o Fluminense, o time entrou com três zagueiros e teve um primeiro tempo horrível. Quando o Grêmio entra com medo, geralmente perde. O Renato tem jogadores para fazer um bom trabalho, e o Monsalve é um deles.”
E sobre sua escolha de equipe, Luís Mário concluiu:
“Eu também tive uma proposta da Lazio, mas acabei indo para o Atlético Mineiro. O Tite, que era o treinador do Atlético, me convenceu a voltar, prometendo uma boa campanha e uma chance de ir para a seleção. O contrato era semelhante ao da Lazio, mas optei pelo Atlético. Meu pai não ficou nada feliz com a decisão, e até hoje, ele brinca sobre isso quando tomamos uma cerveja juntos. Mas, no fim das contas, a decisão foi tomada.”
A entrevista com Luís Mário foi um verdadeiro presente para os fãs de futebol e para aqueles que acompanharam sua trajetória. Seu relato sobre o Grêmio, suas experiências e suas reflexões proporcionaram uma visão única sobre a vida de um atleta de elite e seu legado no esporte. Se você ainda não ouviu o episódio, não perca a chance de conferir as histórias e insights diretamente da fonte.
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